Edição
edição
EdIçÃo
EDIÇÃO
EEEEEDDDDDDDIIIIIIIIIIIIÇÇÇÇÇÇÇÇÃÃÃÃÃOOOOOOOOOOOOO
E agora já não sei com que tipo de letra estava a escrever...
Não interessa!
O que vale é que a edição não dá comigo em doida porque sou uma pessoa muito sensata
Depois do dia em que as tão esperadas rushes viram a luz do dia, e juntando ao drama que se tinha vivido no set, o veredicto foi lançado, avisam-me com pesar que o filme está morto, cuidado Marta, cuidado...
estamos perante um nado morto, quer dizer, digamos antes, um prematuro!
Tenho por isso andado as últimas semanas a fazer de incubo/enfermeira/psicóloga (não para o filme mas para o realizador) deste bebé aparatoso que já ganhou uns quilinhos e até já chora de vez em quando...
Mas sim, o inicio foi de alguma forma complicado.
Adivinho já que tenho aqui conversa para muitos dias por isso revelo primeiro o processo fisico pelo qual tenho andado emaranhada.
Sim, estão a ver quando um bebé precisa de arrotar? é assim que tenho de tratar o filme. Deixem-me contar-vos uma história...
"Há muito, muito tempo nasceu o filme, o cinema, descendente da fotografia ele é na sua base uma ilusão. Mas uma ilusão palpável, física, uma ilusão que acontece apenas nos nossos cérebros, na maneira como processamos essas imagens tiradas do real.
Real quer seja ficção ou não, mas não iremos por ai agora...
Dizia eu que, fisicamente o filme não é mais do que uma porrada de fotos umas a seguir as outras, e tal como o movimento nasce dessa sucessão de imagens fixas (que é para mim algo espantoso) também o filme e aquilo que o filme nos diz nasce da sucessão das imagens em movimento (mais uma vez o cérebro e as suas associações e processos de memória magníficos).
Ora bem, isto é tudo muito bonito, mas há uns anos atrás apareceram umas coisas chamadas computadores. Depois passados mais uns anos apareceram umas coisas chamadas softwares de edição.
E isso mudou tudo.
Porque perdemos este paralelo entre o fisico e o etéreo, mas também porque todo o processo se tornou muito mais rápido, não tenho nada contra os computadores afirmo a alto e bom som, mas...
Durante um século os filmes foram montados assim, isso influencia até a maneira como se filma (não vou entrar na discussão entre o digital e a pelicula juro), então as novas gerações, preguiçosas habituadas a fazer tudo com um simples click, simplesmente fazem fazem fazem até dar certo, sem pensarem muito antes de fazer, sem pensarem três vezes antes de tomarem uma decisão.
E isso, pode afectar o filme, a forma do filme, o sentido do filme, a natureza do filme
(também não vou entrar agora na discussão da velocidade...).
Digo PODE, porque não acredito que isso seja tomado como garantido, acredito que mesmo formados na era digital não se perca tudo...
Mas como nunca se sabe, e porque ensinar ás vezes também é difícil e a exigência nunca fez mal a ninguém, somos uma das poucas escola do mundo em que ainda se monta filmes á moda antiga!"
E toma lá que já almoçaste e estou muito contente com isso, e nem vos digo o quanto estou a aprender senão morriam já de inveja!!!
Já agora só mais uma achega...esse trabalho seria optimo para um menino que eu cá sei!
ResponderEliminarQue bom!
ResponderEliminarA escolha foi dificil mas vejo que acertaste!
Ainda bem.
Ah, e por acaso até já almocei sim senhora!
São quase 19h...
:)
Beijinhos
sim..por aqui ouvem-se muitas piadas em relação aos editores, estas criaturas obcecadamente organizadas que reparam em todos os pormenores inimagináveis...mas o que é que se pode fazer...tenho a certeza que isso só vai ser uma mais valia (aliada a uma certa frustração talvez) em todas as outras coisas que fizer...
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